domingo, 3 de setembro de 2017

#poemanegro

Hoje à noite, noite fria! 
Senti que quase perdia
Os olhos que me iluminam
Mas no faíscar arrepiam.

Hoje à noite, noite escura!
Senti que nada perdura.
Tudo em mim se apagou
E em puro breu se transformou.

Hoje à noite, noite negra!
Senti falta de exceção à regra.
Fui obrigado a parar
Por coisa alguma enxergar.

Hoje à noite, noite fria, escura e negra!
Senti que até a palavra integra,
Venenos tão concentrados
No mais frio, escuro e negro dos corpos encriptados.


(Mariavaicomasoutras)

2 comentários:

  1. Eu sei Maria Silva . os teus????!!... Teata-se disso mesmo um poema negro escrito numa noite branca num momento negro.
    Fico-me apenas no "veneno" das palavras

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...Simplesmente Maria.