"Serpente emplumada, no princípio de mim, gêmea de mão dada, do mundo e seu fim"(João F Pimentel)
De repente e num audaz rompante
Eis que surge ali à minha frente
Aquela indecorosa e vil serpente
Com altivez deveras intrigante!
Sem nunca perder minha calma
Espero que a bicha logo hiberne
Naquela apelativa casa de alterne
Onde se corrompe corpo e alma.
Num misto de mísera compaixão
Retira o emplumado casaco de pele
Pois sabe que tal coisa me repele
Mais que nudez do antro da solidão
Acordo ali espraiado e desfalecido
Sem uma qualquer sensação
Na maior e profunda desilusão
Como se fosse um morto vivo!
E nesta metáfora real e nojenta
Fica-me da serpente a memória
Para sempre, nesta vulgar história
Vazia e sarcásticamente pestilenta!
(Mariavaicomasoutras)
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...Simplesmente Maria.